separadores

sexta-feira, 13 de abril de 2012

pai.

parabéns pai. 


hoje como é o teu dia, acho que merecer as minhas palavras, embora saiba que nunca as chegarás a ler. 
estamos juntos há treze anos e alguns meses e sinto que ainda não vivi nada comparado ao que gostaria/quero viver. nunca tivemos a melhor relação de pai e filha, mas a verdade é que te amo pai, amo-te assim dessa maneira. hoje em dia sinto completamente a tua falta, a falta de ter um pai presente. sei que o teu trabalho foi o maior causador desta ausência. trabalhas de noite e dormes de dia, basicamente é isso.são raras as vezes que posso dizer que passaste vinte e quatro horas comigo, a meu lado. tu não estiveste presente nos meus primeiros momentos, não estiveste lá no meu crescimento. quer dizer, estiveste mas no modo de afastamento digamos assim. não estiveste presente quando disse a minha primeira palavra « papá » ; não estiveste presente quando consegui andar pela primeira vez na minha bicicleta e nos meus patins sozinha; não estiveste presente quando dei os primeiros passos; não estiveste presente no meu primeiro dia de aulas; ... e foi isto. não me lembro de teres estado nesses momentos, nos momentos que marcaram a minha infância e que ainda hoje diariamente me marcam. sabes o que me custa bastante? é quando vou passear e vejo raparigas da minha idade ou com uns anos a menos ou a mais a passear com os pais, como uma família. espalham a felicidade, e quando olho para o lado na esperança de te ver, só vejo a mãe. a que sempre esteve lá acima de tudo. ela não é a melhor mãe do mundo, sem dúvida. muitas vezes já me fez sentir a pior pessoa do mundo, mas no fundo, é a minha mãe. 
eu sei que tu pensas que eu a amo mais a ela do que a ti, mas a verdade é que eu estou tão, mas tão marcada com a tua ausência que deixei de saber o que é demonstrar o amor e o carinho que sinto por ti. tento sempre aproveitar todos os minutos que tenho contigo, mas a verdade é que também dificultas muito. os momentos que mais marcados estão? aqueles em que posso sentir o teu calor, em que sinto os teus braços enormes à volta da minha cintura, ... aquele dia em que te viraste para mim e disseste que era a melhor filha que podias ter tido. o que eu dava para voltar a ouvir isso, uma vez mais chegava para encher o meu coração de novo. 
e como é normal, estava na cama à espera que os ponteiros do relógio marcassem 00.00 para eu pegar no telemóvel e enviar-te uma mensagem a desejar-te os parabéns, para ter a certeza de que era a primeira pessoa, mas como normal estavas em espanha e não ias responder. portanto quando acordei fui ter contigo à cama e dei-te um beijo e dei-te os parabéns, mas nem respondeste. fiquei sem saber se ouviste ou não. 
perto ou longe, não te trocaria por pai nenhum. obrigada pai.


 

amo-te e contigo sou feliz! ♥

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