vou confessar-te uma coisa, que nunca to disse pois nunca fui capaz. queria desde mais agradecer-te pelos anos todos a que me aturas, e eu sei que não sou fácil, até pelo contrário. como tu sabes, eu não ando bem e tendo a descarregar muito em ti, infelizmente, e é para aí que vai o meu maior obrigada, por mesmo eu falando mal para ti, continuares a andar a meu lado. queria dizer-te que não é por mal, é só por causa das minhas mudanças de humor repentinas, porque eu sei, que tanto me aguento bem como só me apetece chorar. ando assim, ando sensível ao ponto que preciso de sentir o teu ombro todos os dias. ombro que me tem aparado todas as quedas e as amortece tornando-as mais suaves mas não menos dolorosas, só as transparece um bocado... tens-me feito muito bem, muito mesmo, e não tenho como te agradecer isso e tudo o que tens feito e passado por mim. nunca fui capaz de te escrever assim um texto com tanto significado e com tanto 'sofrimento', com tanta 'dor' lá metida, porque por muito que queira escrever um texto alegre ou com memórias antigas do que passámos, eu não consigo, mas quero que saibas que essas estão guardadas dentro de mim, quero que saibas que todas as noites antes de dormir vejo o video de quarta e é assim que as lágrimas secam na cara e me vem um sorriso. calculo que já estejas com a lágrima no olho, eu também estou e no final vamos estar as duas a chorar. perguntaram-me uma memória que tivesse com uma grande amiga, lembrei-me de ti, quase automaticamente. lembrei-me de quando me ensinaste a andar de 'skate' e do quanto eu me ri e do quanto tu puxaste por mim. lembrei-me também das vezes que me dá vontade de gritar e tu te ris, e como por magia eu começo a rir-me também e a gozar com o teu riso. conservo essas memórias todas, e a cada riso que te vejo dar, é uma força para mim. estranho não é? sim é, nunca me senti tão dependente de ti, mas olha, estou, estou e gosto.

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